Na 4ª Conferência Internacional sobre Pequenos Estados Insulares em Desenolvimento, a Santa Sé exortou os países credores a perdoarem as dívidas dessas nações ameaçadas pelas mudanças climáticas. Segundo Dom Robert Murphy, o peso da dívida força esses países a escolher entre pagar juros ou investir em saúde, educação, proteção social e infra-estrutura. “Não é apenas uma questão de política econômica ou de desenvolvimento, mas sim um imperativo moral fundado nos princípios de justiça e solidariedade”, disse ele.
(Imagem destacada: mapa das pequenas nações insulares em desenvolvimento. Osiris/Wikimedia)
Em entrevista à agência de notícias russa RIA Novosti, o ministro de negócios estrangeiros russo, Sergey Lavrov, afirmou que a entrega de caças F-16 para a Ucrânia são uma “ação sinalizadora” da OTAN no campo nuclear. Segundo ele, ao entregar caças F-16 a Organização do Tratado do Atlântico Norte dá a conhecer à Rússia que os Estados Unidos e a Aliança estão “prontos literalmente para tudo”. Os exercícios com armas nucleares não-estratégicas conduzidos pela Rússia e pela Bielorrússia, continuou, deveriam trazer os oponentes à razão. Entrementes, a Dinamarca avisou que os F-16 que entregará à Ucrânia poderão ser usados para ataques em território russo.
A Federação Russa já se pronunciou diversas vezes nesse sentido, visto que esses caças são os mesmos estacionados na Alemanha e na Turquia para utilizar armas nucleares norte-americanas. Em entrevista anterior, Lavrov afirmou que países da União Europeia, especialmente a Polônia e os países bálticos, “cumprem no terreno a tarefa que os Estados Unidos estabeleceram: enfraquecer a Rússia e dar-lhe uma derrota estratégica” – acrescentando: “nos círculos de cientistas políticos do ocidente, já se fala em descolonizar a Rússia”.
Opinião de Visão Católica
Como diz insistentemente o papa Francisco, “o uso de armas nucleares, assim como sua posse, é imoral“. Criar uma falsa segurança através de um equilíbrio de terror dificulta o verdadeiro diálogo. A solução para o conflito na Ucrânia, portanto, não virá do uso de portadores em potencial de armas nucleares, nem de exercícios para seu uso, mas sim de um verdadeiro diálogo que leve em consideração o sofrimento da população local, seja russa, seja ucraniana, e da construção da confiança e cooperação entre os países – não apenas a Federação Russa e a Ucrânia, mas também aqueles atores geopolíticos que interferem na situação, especialmente a OTAN e a União Europeia.
João Pedro Stedile, liderança do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), discursou neste sábado (18) para o papa Francisco em evento realizado na cidade de Verona, na Itália. O encontro teve a participação de representantes da sociedade civil, movimentos e associações engajados na construção da paz e contou com a presença de 12,5 mil pessoas.
Em sua fala, Stedile citou o bispo Pedro Casaldáliga, que teve atuação de destaque na defesa dos direitos humanos, em especial das populações marginalizadas. “Malditas sejam todas as cercas. Malditas todas as propriedades privadas que nos privam de viver e de amar”, discursou Stedile. Na mesma cerimônia, o papa Francisco abençoou a bandeira do MST.
No mesmo evento, Maoz Inon, de Israel, e Aziz Sarah, da Palestina, deram seus depoimentos a favor da paz. Os pais de Inon foram mortos no ataque de 7 de outubro do Hamas ao território israelense, enquanto Sarah perdeu o irmão no conflito subsequente, que já matou cerca de 35 mil pessoas em território palestino, a maioria mulheres e crianças.
“A nossa dor e tristeza nos uniram para dialogar para criar um futuro melhor”, disse Sarah. Sob muitos aplausos, papa Francisco, mesmo com dificuldades de locomoção, levantou da cadeira de rodas e os abraçou. Ele lamentou a guerra. “Diante do sofrimento destes irmãos, que é o sofrimento de dois povos, não há palavras”, disse Francisco. “Que levem o nosso desejo e a vontade de trabalhar pela paz desses dois povos”, completou.
Enquanto Israel determina o deslocamento forçado da população de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, incluindo pessoas que já haviam sido forçadas a se deslocar de outras partes dessa região palestina, o comissário-geral da Agência das Nações Unidas para Refugiados Palestinos (UNRWA), Philippe Lazarini, afirma: “A afirmação de que pessoas em Gaza podem se mover para zonas ‘seguras’ ou ‘humanitárias’ é falsa. Não há lugar seguro. Ninguém está seguro”
Once again, nearly half of the population of Rafah or 800,000 people are on the road, having been forced to flee since the Israeli Forces started the military operation in the area on 6 May. In response to evacuation orders demanding people to flee to so-called safe zones,…
“Desde o início da guerra em Gaza”, diz Lazarini, “os palestinos foram forçados várias vezes a procurar segurança que nunca encontraram, inclusive em abrigos da UNRWA.” E acrescenta: as áreas para onde se deslocam agora não contam sequer com água tratada ou saneamento básico. A situação ainda se agrava pela falta de ajuda humanitária, incluindo comida e outros itens básicos.
O chefe da missão da ONU recorda as obrigações das partes no conflito, incluindo o Estado de Israel, o Hamas e outros grupos armados palestinos:
A passagem rápida e desimpedida de ajuda humanitária para todos os civis em necessidade, onde quer que estejam, é essencial e tem que ser permitida e facilitada;
a população deslocada precisa ter acesso a itens básicos de sobrevivência, incluindo comida, água e abrigo, bem como higiene, saúde, assistência e, acima de tudo, segurança;
as equipes de ajuda humanitária precisam de liberdade e segurança de movimentação para alcançar aqueles em necessidade de assistência e proteção onde quer que estejam;
é obrigação das partes em conflito proteger civis e objetos civis em toda parte.
Ao fim, Philippe Lazarini afirma: “acima de tudo, é tempo de concordar com um cessar-fogo”.
Os ministros do exterior da Estônia, Letônia e Lituânia viajaram à Geórgia para protestar contra o projeto de lei que visa coibir a influência estrangeira. A União Europeia (UE), por sua vez, ameaça sanções caso a lei seja adotada. O prefeito da capital, porém, disse que não haverá “ucranização”.
O polêmico projeto de lei apenas exige registro de ONGs que sejam financiadas do exterior em um montante superior a 20% da sua arrecadação – serão chamadas de “agentes de influência estrangeira”. Embora seja tachada de “lei russa” pelos opositores dentro e fora da Geórgia, também países como os EUA e o Reino Unido têm legislação similar, e a própria UE discute a adoção da sua própria regulamentação.
Prefeito da capital de Tibilisi, capital da Geórgia: Hoje estão tentando organizar uma “revolução dos financiadores”.
A lei foi aprovada pelo parlamento georgiano no dia na última terça-feira (14) e a presidente Salome Zourabichvili promete vetá-la – o veto, porém, pode ser derrubado pelo parlamento, que conta com a maioria do partido Sonho Georgiano, mesmo partido do primeiro-ministro Irakli Kobakhidze. O movimento contrário à lei, segundo Scott Ritter, ex-agente de inteligência dos EUA, é financiado pelo National Endowment for Democracy, uma agência do governo dos EUA. A presidente e o primeiro-ministro estão são de partidos opostos no campo político georgiano.
O primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, foi alvo hoje de um atentado a tiros na cidade de Handlova e está hospitalizado. O governante de esquerda foi eleito ano passado, entre outras coisas prometendo cessar o envio de armas à Ucrânia e ter uma relação amigável com a Rússia.
O autor dos disparos, um homem de 71 anos, foi detido em seguida. Segundo o ministro do interior Sutaj Estok, motivação do ato teria sido política e a decisão teria ocorrido logo após a eleição presidencial de abril, vencida por um aliado de Fico. O chefe de governo foi em seguida transportado de helicóptero para um hospital na capital regional, Banska Bystrica. Correndo risco de morte, Fico não pôde ser transferido para Bratislava – os projéteis, contudo, não danificaram suas principais artérias.
Diversos países condenaram o ataque e desejaram a recuperação do primeiro-ministro. O Brasil reiterou “seu firme repúdio a qualquer ato de violência política”.
(Na imagem destacada, retirada de um vídeo do canal de Telegram Intel Republic, vê-se o momento em que o governante é atingido.)
No segundo aniversário da intervenção russa na guerra da Ucrânia, o papa Francisco pediu para que sejam criadas condições para uma solução diplomática do conflito que proporcione uma paz justa e duradoura. Também lembrou da Palestina, de Israel, da República Democrática do Congo e da Nigéria, que sofrem com a guerra e a violência. Ao solidarizar-se com a população da Mongólia, que vivencia uma onda de frio, afirmou que esta onda é consequência das mudanças climáticas, as quais classificou como um problema social global.
Assista à transmissão no YouTube da Vatican News:
Bolsonaro reconhece minuta de decreto golpista
Em discurso para apoiadores na avenida Paulista, Jair Bolsonaro reconheceu a existência de uma minuta de decreto para derrubar a eleição de Lula em 2022, decretar estado de sítio e intervir no Tribunal Superior Eleitoral. Leia mais na revista Fórum.
Manifestação contra Netanyahu em Tel Aviv
Milhares de pessoas se reuniram posta protestar contra o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu em Tel Aviv. Além de exigir a renúncia do político, instavam à negociação com o Hamas para obter a libertação dos reféns que o grupo palestino mantém desde outubro do ano passado. Leia mais na revista Fórum.
Províncias argentinas ameaçam cortar fornecimento de petróleo e gás
Diante do corte de repasses federais a províncias argentinas, governadores do sul do país ameaçam cortar o fornecimento de petróleo e gás. O ultimato foi dado pelo governador de Chubut, Ignacio Torres, no que foi apoiado por colegas. Leia mais no Brasil de Fato.
A secretária de imprensa de Alexei Navalny, opositor russo de extrema-direita, afirmou que a investigação médica indicou que a morte dele no último dia 16 decorreu de causas naturais.
O político estava preso desde 17 de janeiro de 2021, tendo sido transferido em dezembro do ano passado para uma prisão na região de Iamália-Nenétsia, no Ártico. Sua condenação mais recente, em agosto de 2023, teve como fundamento o financiamento de atividades extremistas e a tentativa de reabilitar a ideologia nazista.
Embora fosse adulado pela imprensa ocidental e exibido como uma vítima do governo de Vladímir Putin, Navalny jamais renegou suas raízes na extrema-direita e a xenofobia, voltada especialmente contra os imigrantes do Cáucaso e os muçulmanos.
A morte deve ser respeitada, mas alguns homens viveram PARA O BEM, outros CONTRA O BEM. Um nazista/xenófobo/racista não é digno de ser celebrizado pelo Ocidente como um “herói da liberdade”. Aqui está Alexei Navalny, organizando marchas com gangues de extremistas neonazistas. pic.twitter.com/PijcHbTQzR
Lula reafirma: Israel pratica genocídio de palestinos
Em evento na Petrobras, o presidente Lula reafirmou sua posição a favor da criação de um Estado palestino independente coexistindo com Israel e disse: “o que está acontecendo em Israel é um genocídio. São milhares de crianças mortas, e não estão morrendo soldados, mas mulheres e crianças dentro de hospital.” Veja aqui em Visão Católica.
Navalny morreu de causas naturais
Alexei Navalny, opositor russo conhecido mais pelo apoio recebido do Ocidente que por seu neonazismo, faleceu de causas naturais. A conclusão da investigação médica foi divulgada por sua secretária de imprensa. Leia mais em Visão Católica.
Bolsonaro espionou oposicionistas e aliados
Não só oposicionistas foram espionados pela “ABIN paralela” durante o governo Bolsonaro. Aliados, jornalistas, ambientalistas, sindicalistas e servidores foram outras vítimas da arapongagem ilegal usando o software FirstMile. Leia mais na revista Fórum.
Identificados militares da ativa que redigiram carta golpista
As investigações sobre a tentativa de impedir Lula de tomar posse e governar chegaram ao nome de dois coronéis como autores de uma carta apócrifa de oficiais superiores da ativa instigando o golpe: Giovani Pasini e Alexandre Bitencourt. A carta circulou entre militares em 2022, e tachava de covardes, injustos e fracos os que não aderissem. Leia mais na Folha de S. Paulo.
Em evento na Petrobras, o presidente Lula reafirmou sua posição a favor da criação de um Estado palestino independente coexistindo com Israel e que este país está cometendo um genocídio de palestinos. “Não troco minha dignidade”, ele afirmou. A declaração ocorreu após Israel reagir à comparação feita por Lula entre o genocídio em Gaza e o holocausto, que gerou reações do governo israelense e a retirada dos embaixadores de ambos os países.
O que o governo de Israel está fazendo contra o povo palestino não é guerra,é genocídio! Porque está matando mulheres e crianças. O que está acontecendo em Israel é um genocídio. São milhares de crianças mortas, e não estão morrendo soldados, mas mulheres e crianças dentro de hospital