O papa Leão XIV publicou este mês seu primeiro documento doutrinal: a exortação apostólica Dilexi te sobre o amor aos pobres. Aproveito a ocasião para voltar a colocar teologia neste blog através de um diário de leitura dessa exortação, muito cheia de significados para ser resumida. Será um diário de leitura vagaroso, nas possibilidades da minha rotina, mas que espero chegue ao fim. Tenho a impressão de que a Dilexi te será leitura valiosa para o povo brasileiro no ano que já se aproxima, 2026, ano de eleição para presidente, governadores, deputados e senadores.
Afinal, não se trata de palavras soltas, de uma fé desprovida de contato com a realidade – ao contrário, trata-se sim de uma exortação a mergulhar de coração no mundo para nele ser um imitador de Cristo ao se tornar próximo dos pobres. E agir. Agir não apenas com uma esmola ocasional, dada torcendo o nariz na tentativa de aliviar a consciência, mas de agir por mudanças efetivas nas condições de vida das pessoas mais necessitadas.
Logo no número 3, o papa já mostra suas intenções: o objetivo do documento, uma continuidade da encíclica Dilexit nos, do papa Francisco, é que “todos os cristãos possam perceber a forte ligação existente entre o amor de Cristo e o seu chamamento a tornarmo-nos próximos dos pobres”. A identificação do Cristo com o pobre, diz Leão citando Francisco, revela os sentimentos e opções mais profundos do coração de Cristo, sentimentos e opções aos quais todo santo se configurar.
Enquanto não começa pra valer a leitura, vale a pena dar uma olhada na reportagem do Vatican News sobre a nova exortação: “Dilexi te”, Leão XIV: não se pode separar a fé do amor pelos pobres!
(Foto destacada: crucifixo do papa Leão XIV. Ricardo Stuckert/PR)
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