— Alô!
— Alô!
— Pedro, que história é essa?
— Como assim?
— Eu te peço um documentário, e você me vem com essa ficção sem pé, nem cabeça?
— Mas…
— Deixa eu te explicar: ficção não é uma coisa qualquer.
— Fernando…
— Tem que ter uma identificação, um apelo.
— Sim, mas…
— Sabe, tem que tocar a realidade do expectador. Um filme de ficção…
— Fernando!
— Pedro, não insiste, ficção tem que ter uma conexão, tem que parecer real.
— Eu sei!
— Verossimilhança, que chama.
— Mas…
— Se você coloca qualquer coisa que aparece na sua cabeça, o expectador não vai passar nem 5 minutos assistindo esse longa-metragem que você me entregou.
— Fernando!
— Você me vem com essa ficção de patriota com bandeira dos Estados Unidos e de Israel, de cristão dizendo que judeu segue Jesus?
— Fernando, isso não é um longa de ficção. É um documentário! E você nem viu até a parte em que o patriotário pede pro Trump intervir no Brasil.
(Pra não dizer que não falei das flores, veja também como foi o Grito dos Excluídos e Excluídas, organizado pela Igreja Católica e por movimentos sociais. A imagem destacada, do 7 de setembro de 2025 na Avenida Paulista, foi publicada no Diário do Centro do Mundo sem créditos.)
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