A Turquia está pronta para invadir novamente a Síria e atacar as forças curdas. A justificativa, como sempre, é o vínculo a grupos curdos que fazem oposição ao regime turco, classificados como terroristas pelos turcos. A operação contará com o apoio dos terroristas sunitas que fazem oposição ao governo sírio.
A operação, anunciada há vários meses, vinha sendo adiada devido à presença de tropas dos Estados Unidos no nordeste da Síria em apoio às forças curdas que combatem o Estado Islâmico. A essas forças se juntaram também grupos cristãos siríacos e assírios a leste do rio Eufrates.
Ontem, contudo, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a retirada das tropas americanas da fronteira. Hoje, militares curdos e americanos acreditam que a operação terá início nas próximas 24 horas. No meio do caminho, há também locais com tropas governamentais na cidade de Qamishli e nas proximidades de Manbij. (Atualização: após as 10h do dia 9, horário de Brasília, foram registrados os primeiros ataques aéreos e de artilharia pela Turquia nessa operação.)
O temor principal é de que os turcos promovam um genocídio contra os curdos e os cristãos na região. Não será a primeira vez. Para quem quiser conhecer o sofrimento que provocam, vale a pena ler o Diário de Myriam, escrito por Myriam Rowick, uma menina cristã de Alepo, cidade Síria que esteve sitiada pelos terroristas. No Brasil, foi publicado pela editora Darkside.
Nova atualização: a frente al-Nusra (braço da al-Qaeda na Síria) divulgou seu apoio à operação turca.
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