A quantidade de trabalhadores sem carteira assinada (e sem direitos trabalhistas e previdenciários) cresceu 5,7% no último trimestre de 2016 em relação ao último trimestre de 2017. O número de trabalhadores com carteira assinada caiu 2% no mesmo período. Em relação ao trimestre anterior, as variações foram de 1,9% e 0,1%, respectivamente – o que significa que, mesmo no trimestre das contratações temporárias para o Natal, os empregos com carteira assinada cresceram menos que a população na força de trabalho (0,1% contra 0,2%). O nível de ocupação das pessoas na força de trabalho subiu 0,5 ponto percentual no ano, enquanto a desocupação (desemprego) caiu 0,2 ponto percentual.
Mesmo assim, a massa de rendimento habitual dos trabalhadores cresceu 1,6%, puxada pelos trabalhadores com carteira assinada (3,6%), empregados domésticos (1,4%) e trabalhadores “por conta própria” (1,2%). Já a categoria mais contratada – trabalhadores sem carteira assinada – teve queda de 1,8% na rendimento médio, seguida pelo rendimento dos empregadores (queda de 1,6%) e dos servidores públicos (queda de 0,1%).
O trabalhador sem carteira assinada ganha em média R$ 1.179 por mês, contra R$ 2.090 do trabalhador com carteira assinada. Domésticos receberam R$ 852 por mês, ou seja, menos que um salário mínimo. Os trabalhadores por conta própria obtiveram rendimento de R$ 1.567. A maior renda, como sempre, foi dos empregadores, com R$ 5.555, contra R$ 3.335 dos servidores públicos.
Portanto, no trimestre em que entrou em vigor a reforma trabalhista, os empregos ficaram piores.
Os dados são do IBGE.
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