Nota de imprensa da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgada hoje (10) informa que a cesariana é uma das cirurgias mais comuns do mundo, e que as taxas de parto abdominal vêm subindo em países com renda média ou alta. Ela é recomendada em casos como trabalhos de parto prolongado, sofrimento fetal, ou apresentação fetal anormal (quando a cabeça do bebê não está virada para a pélvis materna). Contudo, se realizada sem condições adequadas, pode colocar em risco a vida de mães e bebês.
Estudos indicam que a taxa ideal de partos cesarianos estaria em torno de 10%, e que, acima desse percentual, não haveria redução da mortalidade. Contudo, a organização desaconselha a busca de taxas ideais, e indica que a escolha pelo parto abdominal ou vaginal deve ser feita caso a caso. Entretanto, alerta que o abuso de cesarianas pode consumir recursos que poderiam ser utilizados em outros atendimentos em sistemas de saúde superlotados ou carentes.
A OMS informa ainda que não há um sistema internacionalmente aceito para a classificação das cesarianas em necessárias ou não. A organização propõe o método de Robson, que leva em consideração critérios como o número de gestações prévias, a apresentação fetal (cefálica ou não), a idade gestacional, cicatrizes uterinas existentes, número de filhos e como se iniciou o trabalho de parto. Esse método divide as parturientes em 10 grupos, permitindo a análise e a comparação das taxas de parto cesariano entre diferentes países, regiões e instalações, atentando para a real necessidade em cada caso.
(Foto destacada: Salim Fadhley/Wikiversity Journal of Medicine)
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