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Resumo diário 21/02/2020

Segue o resumo das notícias mais interessantes de hoje:

Petroleiros suspendem greve na Petrobras

Após conseguirem levar a Petrobras à mesa de negociação, os petroleiros decidiram suspender a greve que já durava 20 dias — a segunda greve mais longa na empresa. A decisão cumpre o que foi determinado pela justiça trabalhista, adiando o processo de demissão dos funcionários da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados em Araucária (PR). Quase 400 funcionários da Petrobras e cerca de 600 terceirizados podem ser prejudicados pelo pretendido fechamento da unidade.

Parlamento português decide legalizar a eutanásia

O legislativo português decidiu legalizar a eutanásia, mas a decisão final ainda não foi tomada. O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, que é católico e pró-vida, pode vetar o projeto, que certamente irá parar nos tribunais se virar lei. Se a medida entrar em vigor, pessoas com doenças e lesões incuráveis e definitivas, que causem sofrimento duradouro e insuportável, poderão solicitar que sejam mortas. Essas pessoas, em vez de procurarem a esperança e a união com Cristo crucificado, poderão simplesmente procurar a morte. Resta ainda saber o que será tido como “insuportável”, pois isso varia não somente entre indivíduos, mas também ao longo da vida de cada um. A Igreja Católica tem se mobilizado contra a eutanásia, e a Ordem dos Médicos diz que a eutanásia fere a ética médica.

Aumenta a tensão na Síria

A Turquia apoiou ontem uma investida de seus milicianos islamitas contra o exército sírio. Inicialmente, conseguiram romper as defesas da Síria em Nairab, na província de Idlib. Em resposta, a aviação russa contra-atacou, destruindo um tanque, seis veículos de transporte de tropas e cinco caminhonetes, matando dois militares turcos.

Ainda ontem, o presidente turco Recep Tayyip Erdogan solicitou que os Estados Unidos posicionem suas defesas antimísseis na fronteira turca com a Síria, mas ainda não obteve resposta. Ele também conversou com os chefes de governo da França e da Alemanha, tentando obter apoio para uma guerra contra a Síria, levando consigo a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

Hoje, um caça F-16 turco entrou no espaço aéreo sírio em uma região dominada pela turquia. Um avião do exército russo seguiu em sua direção, e o avião turco se evadiu.

Campanha de desinformação para legalizar o aborto em El Salvador

Um artigo da Revista Internacional de Direitos Humanos (RIDH) revela a existência de uma campanha internacional de desinformação para forçar a legalização do aborto e do infanticídio em El Salvador. A publicação revela que foram tratados como “aborto” casos em que bebês recém-nascidos foram assassinados por seus progenitores, levando à consequente persecução penal. Os casos haviam sido levados ao Comitê Interamericano de Direitos Humanos, na tentativa de que a corte internacional determinasse a descriminalização do aborto. Para os autores do artigo, até mesmo a legalização do infanticídio estaria entre os objetivos das ações.

(Foto em destaque: SU-24 da Rússia. Fonte: Alexander Mishin.)

Bebês com microcefalia viram alvo de abortistas

Com a recente epidemia do vírus de Zika, e com a suspeita de que guarde relação com o aumento do número de casos de microcefalia registrados no Brasil desde o ano passado  (no entanto, há somente 17 casos confirmados da relação entre Zika e microcefalia), bebês com essa malformação viraram o novo alvo dos que querem a legalização do aborto. Para evitar um derrota se propusessem uma alteração na lei, resolveram procurar o poder judiciário.

O portal G1 divulgou ontem (2) e hoje (3) entrevistas concedidas por José Gomes Temporão (PSB-RJ), Débora Diniz e Drauzio Varella, todos favoráveis ao aborto. Na versão deles, haveria hipocrisia e machismo na proibição do aborto, que só atingiria as camadas mais pobres da população. Em outras palavras, querem permitir que bebês pobres ou com malformação possam ser abortados.

No entanto, querem evitar que a sociedade apresente sua opinião. Se propusessem uma lei ao Congresso Nacional, “jamais passaria”, disse Temporão. E justifica sua opinião abortista com a suposição de que “abortos ilegais são feitos todos os dias nas camadas mais ricas da sociedade”, excluindo qualquer apreciação moral do tema — alguém poderia argumentar, por exemplo, que roubos acontecem todos os dias, em praça pública, então não haveria porque proibir.

Além do Congresso Nacional, a opinião abortista também não encontra ecos no governo federal. “A presidente Dilma nunca falou sobre o assunto e nenhum dos ministros que me sucedeu tocou no tema”, afirmou Temporão. Resta a eles repetir o caminho que permitiu o aborto de bebês com anencefalia, isto é, fazer brotar do judiciário um alteração na legislação, ferindo a tripartição dos poderes.

Todos os citados estão de acordo em que a religião deveria ficar de fora da discussão, como se ela não fosse um aspecto legítimo, e mesmo uma parte constituinte da sociedade brasileira.

Opinião de Visão Católica

No fim das contas, não querem outra coisa, senão implementar políticas eugênicas, como as que fizeram sucesso na primeira metade do século XX, culminando no nazismo e no genocídio de judeus e ciganos, acompanhados de homossexuais e comunistas — mas agora em nome de um falso humanismo. Se não houvesse problema em matar um bebê com malformação, que problema haveria em matar uma pessoa já nascida, mas que precisa de cuidados especiais? E, no fim das contas, a outra ponta dessa corda é a eutanásia, que pretende legalizar o homicídio. Não é brincadeira, até mesmo as câmaras de gás eram consideradas uma forma “humana” de matar judeus.

(Foto em destaque: José Gomes Temporão. Fonte: Valter Campanato/ABr.)