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Nigéria: grandes áreas libertadas. Esperança de que refugiados retornem ao lar.

Em preparação para as eleições realizadas no fim de semana, a Nigéria, com apoio de tropas do Chade e do Níger, conseguiu retomar 80% a 90% das áreas anteriormente dominadas pela milícia fundamentalista Boko Haram, aliada local do Estado Islâmico (que também vem sofrendo derrotas na região que controla).

Padre Patrick Tor Alumuku informou à Fides que “a ofensiva militar foi preparada nos últimos meses graças aos fornecimentos de armas provenientes da África do Sul, depois que os países ocidentais, em especial os Estados Unidos, se recusaram a vender armas à Nigéria”. A isso ele acrescentou:

Na Nigéria, em todo caso, se os nossos militares tinham a capacidade de expulsar Boko Haram, pergunta-se o motivo pelo qual se esperou dois anos para fazê-lo, provocando sofrimentos à população, e somente agora se passou à ação, nas vésperas das eleições.

Crianças refugiadas. Foto: Cáritas Nigéria.
Crianças refugiadas. Foto: Cáritas Nigéria.

Mas, com os olhos no futuro, o padre Evaristus Bassey, diretor executivo da Cáritas Nigéria, tem esperança: “Agora que o exército nigeriano está liberando as áreas ocupadas por Boko Haram existe esperança de que os desalojados retornem às suas casas, mas será preciso tempo porque a destruição é enorme”.

(Com informações da Agência Fides. Foto de destaque: militares nigerianos — Michael Larson/US Navy)

Estado Islâmico reivindica autoria de atentado na Tunísia

(Agência Lusa)

Homens armados abriram fogo contra turistas no Museu do Bardo, em Túnis, na Tunísia, que fica ao lado do Parlamento tunisiano. Foto: Mohamed Messara/Agência Lusa.
Homens armados abriram fogo contra turistas no Museu do Bardo, em Túnis, na Tunísia, que fica ao lado do Parlamento tunisiano. Foto: Mohamed Messara/Agência Lusa.

O grupo extremista Estado Islâmico reivindicou a autoria do ataque de ontem (18) ao Museu do Bardo, em Túnis, na Tunísia, em que morreram 21 pessoas. O anúncio foi feito por uma mensagem de áudio divulgada hoje (19).

Na mensagem, o grupo jihadista ameaça lançar mais ataques: “O que viram foi só o princípio. Não vão ter nem segurança nem paz”.

Qualificando o atentado de “ataque bendito contra um dos focos dos infiéis na Tunísia muçulmana”, a voz da gravação afirma que a ação foi cometida por “dois cavaleiros do califado, Abu Zakaria Al Tounisi e Abou Anas Al Tounisi”.

Os autores dos ataques tinham “armas automáticas e granadas” e “conseguiram cercar um grupo de cidadãos, semeando o terror no coração dos infiéis”.

As autoridades tunisinas identificaram horas antes os dois autores do ataque, que foram mortos pela polícia. São eles Yassin Abidi e Hatem Khachnaoui.

O ataque tinha como alvo o Museu Nacional do Bardo, na capital da Tunísia, e 21 pessoas morreram, sendo 20 delas turistas estrangeiros, segundo o último balanço divulgado pelo Ministério da Saúde tunisino.

Entre os estrangeiros estão cidadãos da Espanha, França, do Reino Unido, da Itália, Bélgica, Polônia, do Japão, da Austrália e Colômbia.

Opinião

Esse atentado mostra bem o que resultou da chamada “primavera árabe”, apoiada pelos EUA e pela Europa. Enquanto eles virem os demais países como subalternos, cujos governos podem ser trocados de fora ou com apoio estrangeiro, não haverá paz. A paz só será construída com diálogo, construindo uma cultura do encontro, como vem insistentemente fazendo o papa Francisco.

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